Me sinto.
Estou
No meio
Da multidão.
Meu corpo
O corpo da terra
O corpo do mundo.
Um só lugar.
-
Com as mãos voltadas
Pra cima
Sinto tocar-me
Como pegar-me mesmo
O vento.
Uma coisa não - coisa
Nada - tudo
O vento é como o tempo.
-
Enquanto passeio
A paisagem me afeta
O verde musgo
A água suja no rio
Mato onde não dá pra construir ainda
Mato onde alaga
Mato ocupado
Por bicho por gente
As calçadas finas.
Quebradiças
Tão sensíveis atualizações.
Picadas urbanas.
-
Eu retomando um lugar
Ressentindo sabores e
Esquecendo que era tão bom
Ter voz.
Escutar o pensamento respirar
no seio da madrugada.
A noite me nutre
De seu enigma amoroso.
Eu neste espelho denso
Onde as luzes
Da cidade
Da própria vida
No escuro
Seus brilhos
Me lembram
Você não está sozinho.
domingo, agosto 20, 2017
terça-feira, fevereiro 14, 2017
segunda-feira, novembro 21, 2016
Quem é o sujeito além do objeto? Da relação?
Tu perguntas.
Estes encontros
dos espelhos
dos olhares
que revelam o diverso - outro
a beleza
de nossos corpos.
Passo horas ao lado de tua voz,
algumas meias verdades
e és o espetáculo por si só.
Coloco - me num lugar em que
te aproximo daqui - e ficas.
Atraído pelo rastro,
como uma fera jovem.
Sonharei contigo esta noite?
Porque há como negar algo nítido.
Voltas hoje sentindo - se rei
porque fostes o mais marcado.
Tua beleza é uma idéia, uma matéria forte.
Não acharia o contrário.
Queima uma chama leve no chão desse sonho. O universo explodiu estrelas.
Tu perguntas: por quê?
Tu perguntas.
Estes encontros
dos espelhos
dos olhares
que revelam o diverso - outro
a beleza
de nossos corpos.
Passo horas ao lado de tua voz,
algumas meias verdades
e és o espetáculo por si só.
Coloco - me num lugar em que
te aproximo daqui - e ficas.
Atraído pelo rastro,
como uma fera jovem.
Sonharei contigo esta noite?
Porque há como negar algo nítido.
Voltas hoje sentindo - se rei
porque fostes o mais marcado.
Tua beleza é uma idéia, uma matéria forte.
Não acharia o contrário.
Queima uma chama leve no chão desse sonho. O universo explodiu estrelas.
Tu perguntas: por quê?
segunda-feira, maio 09, 2016
Não a
passagem.
Mas a
permanência.
Nem frutos
mas raízes
profundas.
Que dão
vigor à árvore.
Tem uma
mágica o distanciamento:
posso ver a
paisagem.
Os ramos e a
copa.
Mas a vida
continua uma miragem
e é trágica
tua ausência na moldura.
Quero você
no meu sonho.
É grave como
trovoada a dor aguda que
causo ao te
deixar a chuva das lágrimas.
Urgente vivo
e assim descubro
como ser
mais contigo.
Melhora e
brilha meu crânio: se digo estar bem e minto,
nego algo
afirmando outro som escondendo o que sinto.
A vida
aumenta sua demora sem tua presença.
Saltam aos
sentidos dos meus olhos saudosos
os detalhes
de teu corpo: campo bem desvendado.
E reconheço:
não posso, não quero brincar mais com isso.
Estás
inscrito na pedra fundamental do meu coração.
Não há
tempo, água ou memória que retire
o crivo do
teu amor de meu peito.
Por favor,
fica.
sábado, abril 09, 2016
Ai, sim, amor - apita a TV -
eles tentam vender qualquer coisa
a essa hora, de tudo.
Tendenciosos! E ainda assinam!
Por outro lado, estouram bolhas
onde estão as palavras
que não conseguimos falar.
Como não entrarão em nós os seus pneus,
aqui ó? E passarão rapidamente.
u-n-b-i-a-s-e-d
Sondarão tudo: (não) acharão nada
unbiased.
Nossos tradutores gritam na varanda porque
sempre saberão o barulho que faz a máquina.
E não dirão: para alguns
é preciso devir flores noturnas
sobre a tampa fechada.
eles tentam vender qualquer coisa
a essa hora, de tudo.
Tendenciosos! E ainda assinam!
Por outro lado, estouram bolhas
onde estão as palavras
que não conseguimos falar.
Como não entrarão em nós os seus pneus,
aqui ó? E passarão rapidamente.
u-n-b-i-a-s-e-d
Sondarão tudo: (não) acharão nada
unbiased.
Nossos tradutores gritam na varanda porque
sempre saberão o barulho que faz a máquina.
E não dirão: para alguns
é preciso devir flores noturnas
sobre a tampa fechada.
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